Para a presidente do Conselho de Competitividade dos Estados Unidos, Deborah Wince-Smith, o Brasil precisa aprimorar a relação entre o meio acadêmico e o setor privado para melhor aproveitar seu potencial de inovação. Deborah falou na manhã de terça-feira (18) no I Congresso Internacional de Inovação, evento realizado pelo Sistema FIERGS - Sesi, Senai e IEL, pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
Segundo Deborah, o Brasil ocupa a 17ª posição no ranking dos países produtores de tecnologia, mas precisa transformar estas descobertas em desenvolvimento. "Existe um muro entre as universidades e o setor privado. Vocês precisam mudar esta relação", alerta Deborah.
Responsável por projetos de colaboração entre Estados Unidos e Brasil através da criação de laboratórios de aprendizagem e ações conjuntas em segurança energética, inovação e sustentabilidade, Deborah acredita que os dois países terão um papel central no desenvolvimento do continente nos próximos anos. "O que vai acontecer com o continente depende destes dois países", afirmou.
A inovação, segundo Deborah, é um dos elementos fundamentais para a elevação da competitividade dos países, juntamente com o empreendedorismo, segurança energética e talento dos atores envolvidos no processo de desenvolvimento. O problema da energia é um dos que mais preocupa o Conselho de Competitividade dos Estados Unidos, que já encaminhou um documento ao presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, com sugestões de ações para setor nos primeiros cem dias de governo.
Na avaliação de Deborah, as novas fontes de energia são um trunfo que o Brasil deve explorar para elevar sua competitividade. "A demanda global por energia se multiplica rapidamente. O Brasil se destaca na geração de novos combustíveis, o que é um ativo a ser aproveitado", concluiu.
O Congresso Internacional de Inovação conta com o apoio da Gerdau, Movimento Brasil Competitivo (MBC) e Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP).
