Além de contar com esses produtos, os profissionais do centro trabalham no desenvolvimento de soluções em cocriação com as empresas, de acordo com as necessidades de cada uma, levando em consideração fatores como porte, missão e estratégia.
Trabalho como promotor de saúde mental
É possível que você conheça alguém que, em função do trabalho, desenvolveu comportamento irritado e estressado, mas também pessoas que, por conta da atividade profissional se sentem felizes e motivadas. A psicóloga e consultora do Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional, um dos parceiros do Sesi-RS, Anna Tienhaara, destaca que o trabalho pode ser considerado um meio de promover a saúde mental entre as pessoas. “Se estamos trabalhando, isso já dá um sentido à vida em comparação à situação em que estaríamos sem trabalho, contra a nossa vontade. O desemprego causa sentimentos negativos para nossa saúde mental. Trabalhar, como ponto de partida, pode ser algo muito positivo para a saúde mental. Temos a oportunidade de conhecer e obter novas ideias. Saber que meu trabalho faz sentido, promove a minha saúde mental”, avalia Anna.
Foi em busca de uma contribuição nesse sentido que a Bruning Tecnometal, de Panambi, procurou o Sesi, depois de uma pesquisa de engajamento não satisfatória em 2014, quando foi traçado um plano estratégico para aumentar qualidade técnica, reduzir o absenteísmo, a rotatividade e os acidentes de trabalho. Inicialmente, por meio de um programa de qualidade de vida, esporte e lazer, e depois veio a proposta de um projeto-piloto de gestão de fatores psicossociais, por meio do Centro. “Com a gestão dos fatores psicossociais, resgatamos o sentido. O colaborador se sente dono, parte do ambiente. Mais aconchegado, ele sente que as coisas que ele faz no dia a dia, começam a fazer sentido e impactar não só na vida deles, mas na vida das pessoas fora da empresa. A parceria entre o Sesi e a Bruning só nos ajudou ainda mais nesse sentimento”, explica o supervisor de manutenção da Bruning, Jackson Rafael Weber.
Para a supervisora geral de recursos humanos da Bruning, Rafaela Albrecht, “a questão de fazer gestão dos fatores psicossociais alinhados ao modelo que o Sesi nos propôs, envolvendo os líderes, tem nos trazido um resultado satisfatório em termos de produtividade e na qualidade de vida dos funcionários. Junto com o aumento de faturamento entre 2017 e 2018, também tivemos elevação do engajamento, consequente redução de acidentes de trabalho, comparados com o número de funcionários que nós tínhamos no passado”, relata.
Ela informa que o desafio está só começando. “É um assunto relativamente novo. O projeto-piloto nos deu essa metodologia, a forma que precisamos atuar dentro de aspectos, mas ainda precisamos que isso seja muito mais incutido no dia a dia das lideranças, precisamos caminhar com os líderes, no fortalecimento desses conceitos. Nossos próximos passos são o fortalecimento e a contextualização ainda maior dos gestores nesse aspecto”, reflete Rafaela.