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O presidente do Sistema FIERGS, Heitor José Müller, afirmou, na abertura do 6º Congresso Internacional de Inovação, que a chegada à sexta edição do evento comprova o protagonismo que o Sistema FIERGS vem exercendo no incentivo à inovação e na bandeira para elevar a competitividade da economia e evolução da qualidade da indústria gaúcha. Müller destacou que a escolha do tema desta edição − a Inovação e a Sustentabilidade − traz um desafio grandioso para todos. "Sem uma economia forte, não é possível dar respostas à sociedade, nem atender aos necessários investimentos na preservação e na recriação ambiental", afirmou. "O conceito que trabalhamos aqui é de que o desenvolvimento sustentado se baseia em três pilares: a sustentabilidade econômica, a sustentabilidade social e a sustentabilidade econômica", ressaltou. O 6º Congresso Internacional de Inovação, promovido pelo Sistema FIERGS, por meio do Sesi-RS, Senai-RS e IEL-RS, segue até amanhã (23) no Teatro do Sesi. 
 
Ken Segall
Entre os anos de 1997 e 2011, Steve Jobs tirou a Apple de uma situação pré-falimentar e a transformou na empresa mais valiosa do mundo. E a receita para isso, mesmo no mundo da tecnologia, não vem de uma equação complexa: está na simplicidade. Esta foi a mensagem deixada na tarde desta quarta-feira pelo diretor de criação Ken Segall, que durante 12 anos trabalhou ao lado do ex-presidente da Apple, falecido em 2011. "Steve via simplicidade em tudo. Simplicidade é a melhor forma de se comunicar com o cliente", ensina, citando aquilo que Jobs seguia quase como um mantra.
Segall e Jobs criaram a campanha Think Different (Pense Diferente), que serviu para alavancar a Apple no mercado. Além disso, a incorporação da letra "i" (de internet) aos produtos da empresa, como iPhone, iPod, iPad e iMac, também foi uma ideia de Segall adotada pelo empresário. Virou marca registrada e uma referência mundial. "Perseverança é uma lição, a primeira vez que apresentei o nome iMac para o Steve, ele detestou", reconhece. "A simplicidade nunca falha. Se existem dois caminhos para uma mesma meta, é obvio que devemos escolher o mais simples", destaca Ken Segall. Um exemplo que demonstra a forma da Apple pensar simples, diz ele, está no fato de oferecer um número reduzido, apenas cinco, de modelos de computadores (Mac) para o cliente: MacBook Air, MacBook Pro, MacBook Pro com Tela Retina, iMac e iMac com Tela Retina.
 
Kevin Ashton
A "Internet das Coisas" (IoT) é uma rede que promete conectar tudo e todos no mundo. Usando um dispositivo, por exemplo, como tablet ou smartphone, as pessoas poderão aproximá-los de objetos e ter informações detalhadas, seja de um produto no supermercado ou de uma planta em um jardim. Essas são apenas algumas das possibilidades apontadas pelo criador desse conceito, o co-fundador do Auto-ID Center do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Kevin Ashton. 
Kevin Ashton desenvolveu uma nova tendência tecnológica, onde qualquer dispositivo é capaz de se comunicar, interagir, tomar decisões e operar em conjunto com outros dispositivos sem fios. "Nossa economia, sociedade e sobrevivência não são baseadas em ideias ou informações, mas sim em coisas. Você não pode comer bits ou queimá-los para se aquecer ou ser transportado. Ideias e informações são importantes, mas as coisas importam muito mais", defendeu. "No entanto, a tecnologia da informação de hoje é tão dependente de dados originados por pessoas que os nossos computadores sabem mais sobre ideias do que sobre coisas", ponderou.
Segundo o pesquisador, é preciso capacitar os computadores com os seus próprios meios de capturar informação para que eles possam ver, ouvir e sentir o mundo por si mesmo."A RFID é um caminho para os computadores perceberem identidade. Isto é essencial antes mesmo de outros tipos de sensores (por exemplo, de temperatura) que são realmente úteis", concluiu. 
 
Publicado quarta-feira, 22 de Outubro de 2014 - 11h11