O filme Frozen – uma Aventura Congelante, que já se tornou um clássico entre as crianças, foi o pano de fundo da versão especial do Crescendo com Arte, realizada nesta terça-feira (21). Diferente de outras edições com a exibição de peças infantis, o Teatro do Sesi se transformou em um cinema inclusivo, onde crianças de seis a 14 anos, de escolas de Porto Alegre e região Metropolitana, puderam assistir a animação com audiodescrição, janela de libras e legendas descritivas. Trata-se do Festival de Cinema Acessível Kids.
O projeto é uma oportunidade de ensinar sobre empatia, inclusão e acolhimento na prática. Foram distribuídas vendas para aqueles que não têm deficiência pudessem assistir a animação do ponto de vista de quem tem. “Foi uma experiência muito legal saber que crianças com alguma deficiência poderão assistir ao filme com muitos detalhes”, conta a estudante da escola Poncho Verde, de Porto Alegre, Yasmin Soares, de 10 anos, que já esteve em outras edições do Crescendo com Arte. Pela primeira vez em frente à grande tela, Kemylly de Azevedo, de nove anos, adorou a experiência, especialmente, por ser inclusiva. “Tive minha estreia em um cinema muito especial. Eu coloquei a venda e pude saber como outras crianças se sentem”, conta outra aluna da escola Poncho Verde, de Porto Alegre. É o caso de Pedro Henrique Souza, da Associação Pestalozzi, de Canoas. “Eu conhecia o filme, mas gostei de ver de novo”, conta Pedro.
O Festival Acessível começou a ser elaborado em 2011. “O projeto surgiu quando nos demos conta de que havia pouco conteúdo acessível, e decidimos incluir outras tecnologias além da audiodescrição. O Sesi percebeu a importância de multiplicar o cinema neste formato e trouxe para o Crescendo com Arte”, explica Sid Schames, um dos idealizadores do projeto. A coautoria é do filho David Ferreira, de 13 anos. “Um dia eu quis participar do festival, mas o filme era para adultos e não tive acesso. Questionei: como assim é inclusivo e eu não posso assistir? Assim, veio a ideia de ampliar para crianças como eu”, explica David.