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Dilma anuncia no CDES a redução no custo de energia elétrica e vai apresentar a nova modelagem de portos e aeroportos

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, em sua primeira participação na Reunião Ordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), realizada nesta quinta-feira (30), relatou que o CDES também festejou o primeiro ano de quedas sucessivas na taxa de juros. "Isto é mais pela coerência da política econômica nacional", disse, no Palácio do Planalto, em Brasília. O industrial destacou ainda a posição do Conselho de que as desonerações tributárias, agora renovadas, atingiram apenas alguns segmentos. "Precisamos de medidas mais abrangentes, como a decisão que a partir de janeiro de 2013, acabará com a guerra dos portos. Até lá, teremos que equacionar ‘preconceitos fiscais‘ das autoridades em uma política de inclusão de segmentos na redução de tributos no Brasil. Destacamos o que a presidenta fez: na semana que vem, redução dos custos de energia; e na metade do mês, uma nova modelagem para investimentos em portos e aeroportos", salientou Muller.

A 39ª reunião do CDES teve como pauta o avanço da economia brasileira, a nova conjuntura internacional e os desafios para aceleração do desenvolvimento sustentado do País. A presidenta Dilma Rousseff disse na abertura do encontro que "elevar a competitividade é condição para que a gente garanta, de forma sustentável, os níveis de emprego, de renda e a prestação de serviços sociais de qualidade a todos". A presidenta afirmou que as medidas tomadas para aumentar o nível de investimento e baixar o custo do País têm um sentido de longo prazo. "Temos de reduzir o custo da energia, tornar racional o custo da tributação, não se trata apenas de reduzir, mas ele não pode ser irracional, ele não pode impedir o investimento, não pode impedir que haja participação dos bens de capital", reforçou.

Em seu discurso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, lamentou o fato do Brasil ainda ter um dos maiores spreads bancários do mundo. Ele ponderou, contudo, que "a boa notícia é que nós temos lastro para gastar, ou seja, podemos reduzir esse spread causando novos efeitos positivos na economia brasileira. Chegaremos ao final do ano com crescimento anualizado em torno de 4%. Esse desempenho se deve a uma série de medidas estruturais e conjunturais que temos tomado", disse. Na sequência, o ministro da Fazenda falou das desonerações do governo em 2012. "Deveremos perfazer um total de mais de R$ 40 bilhões em desonerações, com redução de tributos em vários segmentos." Uma das prioridades, segundo Mantega, é aumentar o nível de investimentos do País e, sobretudo, em infraestrutura.

Desde sua criação, em 2003, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) vem assessorando a Presidência da República na formulação e apreciação de políticas e diretrizes específicas. Composto por diferentes representantes da sociedade civil brasileira, o Conselho contribui para um diálogo plural que não só qualifica e viabiliza um projeto de desenvolvimento de longo prazo, orientador de ações governamentais, como reforça o compromisso da sociedade.

Publicado quinta-feira, 30 de Agosto de 2012 - 0h00