O segundo semestre iniciou com a atividade da indústria gaúcha em alta, na esteira do bom comportamento do setor no Brasil. O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) de julho registrou uma elevação de 8% em relação ao mesmo mês do ano passado. O resultado foi influenciado, principalmente, pelas compras e pelos salários pagos, com aumentos de 18,1% e 9%, respectivamente. A pesquisa da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul foi divulgada nesta terça-feira (2).
Um dos principais impactos do aquecimento da atividade no setor industrial é sobre a dinâmica dos empregos, que foi o destaque do período, com uma elevação de 5,6%, a maior desde 2004, e 35 mil novas vagas abertas. Um indicador importante, e que mede o grau de disseminação dos empregos, é o Índice de Difusão. Seu resultado mostra que a cada dez indústrias, sete aumentaram o seu quadro funcional. "Apesar do cenário positivo, o nosso maior desafio é manter o nível de produtividade. Somente assim vamos conseguir firmar essa dinâmica dos empregos nos próximos anos", explicou o presidente da FIERGS, Paulo Tigre. Os setores que mais contrataram foram Máquinas e Equipamentos (22,6%), Veículos Automotores (15%) e Alimentos (6,9%).
Na contramão das variáveis ligadas ao mercado de trabalho, está o faturamento das indústrias, que apresentou uma desaceleração pelo terceiro mês consecutivo. Apesar de estar positivo, com aumento de 2,7% em julho, ante igual período de 2007, ainda ficou longe da média de 10% que vinha registrando desde o início do ano. A principal razão é a performance das empresas exportadoras, que devido a desvalorização do dólar frente ao real viram suas vendas caírem 4,5% em julho.
No acumulado do ano o IDI-RS teve uma majoração de 7,5%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Todas as variáveis foram positivas: compras (13,3%), massa salarial (11%), faturamento (5,1%), emprego (4,7%), horas trabalhadas na produção (6,1%) e utilização da capacidade instalada (2,9%).
