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FIERGS apresenta o potencial da indústria gaúcha na área de defesa e segurança

A Mobilização da Indústria do Rio Grande do Sul no Novo Cenário Industrial da Defesa foi o tema do encontro realizado nesta quarta-feira (24), na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). O evento, realizado pela entidade por meio do Comitê da Indústria de Defesa e Segurança (Comdefesa), reuniu o setor industrial gaúcho na área de Defesa e Segurança e demais empreendimentos voltados ao processo de inovação e negócios. "Os estudos do governo Federal indicam que o reaparelhamento da área de defesa do Brasil somará R$ 60 bilhões de investimentos até 2020. Recentemente, no mês de maio, o lançamento do Edital "Inova Aerodefesa" trouxe mais um fator positivo nesse horizonte. O Rio Grande do Sul pode aumentar em muito a sua participação como Estado fornecedor das Forças Armadas. Nossa diversificação industrial aponta para essa potencialidade. E a área militar poderá dispor da elevada qualidade dos produtos fabricados no Estado", avaliou o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, na abertura do encontro.

As ações que estão sendo realizadas na indústria da defesa foram ressaltadas pelo chefe do Departamento de Indústria Aeroespacial, Defesa e Segurança da Finep, William Respondóvsk. "Uma equipe está se formando para atender a indústria de defesa porque este é um setor estratégico para políticas industriais. A Finep quer apoiar novidades, novos processos e novos produtos", afirmou.

Já o vice-presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Aloísio Nóbrega, anunciou a formação do Polo Espacial Gaúcho. A AEL Sistemas foi aprovada na primeira etapa do edital Inova Aerodefesa, da Finep. A seleção pública busca projetos de inovação em defesa, segurança, aeroespacial e materiais especiais, que receberão recursos de R$ 2,9 bilhões. "A AEL entrou como empresa líder do projeto de construção de um microssatélite, em torno do qual estão reunidas outras empresas e universidades gaúchas. A expectativa é de que o resultado final do edital seja divulgado até dezembro", explicou.

O coordenador do Comdefesa, Jorge Py Velloso destacou a estratégia e atuação do comitê para a competitividade do setor de defesa e segurança. "O Brasil tem um cenário promissor para a área de defesa e segurança. A descoberta de camadas pré-sal prevê grandes investimentos na indústria petrolífera e demandará a necessidade de sistema de segurança, além disso teremos a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos. Conhecendo melhor as demandas, melhor será o atendimento ", avaliou.

A iniciativa teve ainda as participações do diretor do Departamento de Produtos da Defesa, major brigadeiro José Euclides Gonçalves, que apresentou as ações e atividades da Diretoria de Produtos de Defesa; do vice-presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Material de Defesa (ABIMDE); do vice-almirante Carlos Afonso Pierantoni Gamboa, que apresentou as oportunidades de negócios para o setor; e do gestor de projetos da Apex-Brasil, Marcio de Almeida. Um painel com cases de empresas fornecedoras das Forças Armadas: AEL Sistemas, Forjas Taurus, Agrale S.A, Grupo Stemac e Gilat do Brasil encerrou o evento.

Publicado quarta-feira, 24 de Julho de 2013 - 0h00