Você está aqui

FIERGS debate em Marau as prioridades da indústria

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paulo Tigre, visitou Marau na sexta-feira (19), onde se reuniu com lideranças empresariais e políticas para discutir as prioridades da Região da Produção e apresentar as ações da entidade na defesa do setor produtivo.

O primeiro compromisso de Tigre foi uma reunião de trabalho com empreendedores locais. Liderado pelo presidente da ACI da cidade, Antônio Luiz Oneda, e pelo vice-presidente regional do CIERGS, Antônio Roso, o grupo apresentou a Tigre o perfil sócio-econômico de Marau e o ritmo de crescimento do setor industrial, assim como as principais dificuldades para o desenvolvimento local.

No encontro, que contou também com a presença do vice-presidente da FIERGS, Heitor Muller, foi abordada a atuação do Senai na região e a sua importância para a qualificação profissional, principalmente nos setores metal-mecânico, alimentos e construção civil. O presidente da FIERGS salientou ainda as oportunidades que serão geradas no Estado com a nova economia que está surgindo: polo naval, biodiesel, chip, laticínios, entre outras.

Em seguida, o industrial palestrou sobre "A economia e a política em um ano eleitoral", na sede da Associação Comercial, Industrial e Serviços e Agropecuária de Marau, para mais de 80 pessoas. Tigre abordou a redução da jornada de trabalho, o salário mínimo regional e as reformas Tributária, Trabalhista, Previdenciária e Política.

"O ano de 2010 é particularmente importante para o associativismo empresarial: temos um ano que irá culminar com as eleições gerais no País. Portanto, é um período desafiador para o empresariado, já que é propício ao surgimento de teses eleitoreiras que atingem frontalmente a racionalidade econômica", destacou o industrial, lembrando que este é o caso do ressurgimento da proposta das Centrais Sindicais de redução da Jornada de Trabalho.

A posição defendida pela FIERGS, disse Tigre, é a de debater uma ampla Reforma Trabalhista, que é estrutural, a partir de 2011, já com o novo Congresso e os novos governantes. "Não podemos cair na armadilha e tratar esses temas tão sérios, que afetam a nossa competitividade, como assuntos meramente conjunturais", argumentou.

Ele também lembrou das questões estaduais que preocupam o setor produtivo. "Aqui no Rio Grande do Sul, também temos pontos a enfrentar: o mais recente é o Salário Mínimo Regional. As representações dos trabalhadores já depositaram na mídia o pedido de um reajuste no patamar dos 14 %. É um absurdo porque os dissídios de maio estarão na faixa dos 4,6% e as previsões indicam que em todo o ano de 2010, o INPC de cada 12 meses será sempre inferior a 5%", relatou Tigre.

Publicado Terça-feira, 23 de Março de 2010 - 0h00