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O novo decreto de distanciamento controlado do governo do Estado, que passou a valer essa semana, pouco altera a situação da indústria, pois mantém o funcionamento parcial do setor, apenas estabelecendo cores de bandeiras para cada região com maior ou menor risco de contágio pelo coronavírus. Porém, como continuam as limitações severas ao comércio nos municípios gaúchos, a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) ressalta ser esse um fator a influenciar nas retomadas da indústria e do emprego, que levarão ainda mais tempo. "O decreto é bom, só enfatizamos para as restrições ao comércio. Prevemos que a recuperação econômica será extremamente lenta, até as pessoas voltarem a consumir levará tempo. A indústria nem vem funcionando a plena carga, até porque para isso tem que ter o comércio vendendo. Se o lojista não consegue reabrir para vender, não há como comprar de novo da indústria", destaca o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.

Petry lembra que a taxa de desemprego  vinha caindo no Brasil e isso fazia com que a economia começasse a andar, mas que com a pandemia, o emprego volta a despencar. "As pessoas estão sem renda, e os R$ 600 distribuídos a uma parte da população não são suficientes para animar o comércio, servem só para o consumo básico", diz.

Publicado no Diário Oficial no domingo, o decreto assinado pelo governador Eduardo Leite está baseado na segmentação regional e setorial, e prevê quatro níveis de restrições, representados por bandeiras nas cores amarela, laranja, vermelha e preta, que irão variar conforme a propagação da doença e a capacidade do sistema de saúde em cada uma das 20 regiões pré-determinadas.  O modelo divide as atividades econômicas em 12 grupos.

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Publicado Terça-feira, 12 de Maio de 2020 - 12h12