Nunes lembrou que nos últimos sete anos foram promulgadas reformas que ajudaram a melhorar o ambiente de negócios e a expandir o PIB potencial do País. Entre elas, o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Lei das Estatais, Reforma Trabalhista, Teto de Gastos, Lei da Terceirização, Autonomia do Banco Central, Lei da Liberdade Econômica, Reforma da Previdência e Privatização da Eletrobras.
Em relação ao mercado de trabalho brasileiro, ele surpreendeu positivamente, segundo a FIERGS. A população ocupada atingiu nível recorde de 99,7 milhões de pessoas e o País deve concluir o ano com geração de 2,2 milhões de postos de trabalho com carteira assinada, sendo 106 mil na economia gaúcha. O mercado aquecido fez a taxa de desemprego do Brasil cair para 8,3% em outubro, o menor patamar desde abril de 2015. A perspectiva é de taxa de desemprego no final de 2022 em 8% no Brasil e em 5,7%, no Rio Grande do Sul, com elevação também na renda do trabalhador.
Para a inflação, o IPCA, que chegou a acumular alta de 12,1% no quarto mês do ano, encerrará 2022 em 5,8%. Segundo a FIERGS, a ação do Governo Federal em promulgar a PEC dos Combustíveis reverteu o cenário e trouxe consigo três meses seguidos de desinflação.
No cenário internacional, o ano foi caracterizado por grandes eventos internos e externos que mudaram a trajetória inicialmente esperada para a economia. O abrandamento da pandemia nos países do Ocidente e a invasão da Ucrânia serão os dois acontecimentos mais lembrados, provocando impactos na economia mundial, como a crise energética, a aceleração da inflação e o aperto nas taxas de juros. Mesmo com desaceleração em relação a 2021, a economia mundial deverá crescer 3,2% em 2022.
PERSPECTIVAS
Para a FIERGS, o crescimento esperado para 2023 no Brasil encontra como obstáculo também a tendência de acomodação no avanço do volume de serviços. Pelo lado da política fiscal, há incerteza acerca do tamanho do gasto extra-teto que será aprovado, mas uma expansão das despesas na ordem de R$ 200 bilhões traria mais impactos negativos pela via financeira e da perda de confiança do que um ganho de crescimento em decorrência do maior consumo.
Para a economia do Rio Grande do Sul, a recuperação da produção agrícola deve resultar em uma taxa de crescimento elevada. O aumento estimado na produção da safra de grãos é de 52,5%, conforme prognóstico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa é alta de 5% da economia gaúcha.
As perspectivas para a indústria não são muito diferentes de 2022. A produção industrial deve ter mais um ano de crescimento, embora baixo. Tendo como únicos vetores positivos a normalização completa da cadeia de suprimentos e menores pressões sobre os custos, o PIB da Indústria brasileira e da gaúcha devem crescer, em 2023, 1% e 1,2%, respectivamente.
A indicação de baixo crescimento mundial, com reflexo nos preços de commodities, e o prognóstico de uma boa safra no ano que vem, favorecem os níveis de inflação no Brasil, que deverá encerrar 2023 em 5,2%.
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