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A indústria brasileira tem condições de competir com a dos principais países do mundo. Entretanto, o Brasil não deve esquecer o seu papel de protagonista na América Latina, por sua importância na região e pela pujança de sua economia. A opinião é do industrial Gilberto Porcello Petry, que assume a presidência da Federação e do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS/CIERGS) nesta terça-feira (18) e concedeu entrevista coletiva, à tarde, na sede da FIERGS. “O setor industrial indo bem alavanca o desenvolvimento do Brasil e do Rio Grande do Sul. Pode vir a fortalecer o Mercosul e a América Latina por meio de acordos bilaterais, missões internacionais e com um maior relacionamento com o mercado dos países latino-americanos. Não damos a atenção devida para a América Latina”, afirmou Petry.


Fora do mercado latino-americano, Gilberto Petry aponta como foco a consolidação de negócios internacionais com o Japão e a Alemanha. Em relação ao país europeu, o novo presidente da FIERGS lembrou que, em novembro, o Encontro Brasil-Alemanha, a ser realizado na sede da entidade, deverá ser uma ótima oportunidade para empresários brasileiros e alemães buscarem maior aproximação, investimentos e parcerias.

Petry não arrisca prever quando o Brasil sairá da atual crise, provocada especialmente pela instabilidade política. “As empresas estão sofrendo, as despesas aumentaram muito”, disse. Porém, ele percebe os primeiros sinais de reação na economia, e a indústria do Rio Grande do Sul tem participação fundamental neste contexto, por toda a sua inovação tecnológica, a capacidade de produção e a importância para o comércio exterior nacional.

 Segundo dados do Ministério do Trabalho divulgados nesta segunda-feira, a economia do Rio Grande do Sul gerou 1,1 mil postos de trabalho formal no primeiro semestre de 2017. No País, a indústria de transformação foi o único dos quatro subsetores a apresentar resultado positivo.

Crédito foto: Dudu Leal

Publicado Terça-feira, 18 de Julho de 2017 - 16h16