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Heitor José Müller exalta diálogo entre a indústria e o setor público

O novo presidente da FIERGS/CIERGS, Heitor José Müller, tomou posse na quinta-feira (14), assim como os 106 diretores da Gestão 2011-2014. A cerimônia, com 2 mil convidados, no Teatro do Sesi, contou com a presidenta Dilma Rousseff; do governador Tarso Genro; do presidente da CNI, Robson Braga de Andrade; entre outras autoridades.

Dilma Rousseff destacou o trabalho exercido pelo antecessor de Müller, Paulo Tigre, em seis anos de gestão, "um dirigente capaz de estabelecer consensos e diálogo firme com o governo federal, ter propostas que iam ao cerne da questão e implicavam na solução dos problemas do Estado". Ao mesmo tempo, observou que a partir de agora, com Heitor Müller, a FIERGS continua nas mãos firmes de um empresário visivelmente inovador e que saberá representar os legítimos interesses da economia gaúcha. "Quero deixar claro o meu compromisso com o Rio Grande do Sul. O governo do Estado, através de nosso governador Tarso Genro, e a FIERGS, com a sua presidência, terão no governo federal um parceiro. Mais do que um parceiro, um amigo e uma amiga na promoção do desenvolvimento deste importante Estado", disse.

A presidente também anunciou o lançamento do Plano de Desenvolvimento Produtivo e do Programa Brasil Sem Fronteiras. O primeiro, a ser lançado no início de agosto, funcionará sobre três eixos: obrigatoriedade de conteúdo nacional na produção, inovação tecnológica e comércio exterior. O Brasil sem Fronteiras irá distribuir 75 mil bolsas de graduação e pós-graduação em 30 das maiores universidades do mundo.

Ao tomar posse, Heitor José Müller exaltou que "o trabalho a ser realizado terá como objetivo a viabilização de uma economia de resultados através do desenvolvimento sustentado da livre iniciativa. Isso significa empresas competitivas, pessoas empregadas, valorização do empreendedorismo, elevação da renda familiar e arrecadação de impostos compatível e justa para que os governos possam investir em saúde, educação, segurança e na infraestrutura". Disse que "há margem para reduzir os juros. Há folga para diminuir os tributos. Há solução para frear a corrida dos Estados na criação de privilégios fiscais. Há maneiras de incorporar a economia informal ao PIB do País. Há formas de aprimorar a legislação trabalhista. Tenho a certeza de que há espaço para aliviar o peso da burocracia. Estou convicto da viabilidade de medidas que desonerem os investimentos. Creio que há alternativas para sairmos da armadilha cambial. E acredito na viabilidade de uma economia de resultados em sintonia com os requisitos da sustentabilidade", observou. "Na gestão que ora se inicia, logicamente esperamos contar com a sensibilidade dos Poderes Constituídos, do Executivo, do Legislativo, do Judiciário e do Ministério Público. Continuaremos o diálogo incessante com o governo do Estado, com a Assembleia Legislativa, e com a Bancada Federal Gaúcha. Esta posse, portanto, tem o sentido da reafirmação e da valorização do diálogo. Diálogo com todas as representações da sociedade, e com as entidades empresariais do Estado e do País".

Ao passar o cargo a Müller, Paulo Tigre ressaltou algumas das ações de seus mandatos. "No decorrer das duas gestões, interiorizamos fortemente as entidades e criamos estruturas para o suporte aos segmentos inéditos que optaram por se estabelecer no Estado. Assim, passamos a estimular a Nova Economia do Rio Grande do Sul, integrada pelos biocombustíveis, florestas industriais, biotecnologia, microeletrônica, polo naval e petróleo e gás".

O presidente da CNI falou sobre as dificuldades de competitividade. "Precisamos de taxas de juros compatíveis com as dos nossos concorrentes", afirmou Andrade. O governador Tarso Genro ressaltou que "Heitor Müller representa a pujança da nossa base produtiva. O governo do Estado manifesta aqui, diante dessa plateia, o mesmo desejo de diálogo, de respeito recíproco com a nova diretoria".

Publicado quinta-feira, 14 de Julho de 2011 - 0h00