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Mantega anuncia na FIERGS selo para vinho

Ministro se reuniu com industriais gaúchos

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira (8), na FIERGS, a implantação do selo para o vinho brasileiro. Mantega foi recebido em reunião-almoço pelo presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Paulo Tigre, e representantes de mais de 30 diferentes segmentos da indústria do Estado. "É um anúncio muito importante, não representa nenhum aumento de impostos para o setor. O selo evita o contrabando, o subfaturamento e a informalidade, e dá mais competitividade ao vinho do País, que sofre com a concorrência desleal", destacou o ministro.

A medida era uma reivindicação antiga de entidades da vitivinicultura gaúcha. No final de março, empresários do setor, liderados por Paulo Tigre, haviam se reunido, em Brasília, quando Mantega garantiu que o selo seria implantado. Dentro de dois meses, segundo previsão do ministro, a Casa da Moeda deverá ter o modelo pronto para colocá-lo no mercado. O Rio Grande do Sul representa 95% da cadeia produtiva do setor no Brasil.

Ao recepcionar o ministro da Fazenda no encontro com os setores, o presidente da FIERGS destacou a "Nova Economia" do Estado. "O Rio Grande do Sul vive um momento de desafios. Diferentes atividades aqui se instalam, como a indústria naval, as florestas industriais, o polo de laticínios, o etanol e biocombustíveis, as fábricas de chips e muitos outros segmentos", disse. O industrial agradeceu a disposição do ministro em dialogar com os empresários gaúchos, e enfatizou que os participantes do encontro formam o retrato da economia estadual, tanto pela diversidade dos segmentos, quanto pela abrangência de todas as regiões geográficas.

Paulo Tigre lembrou, porém, que permanecem para este ano pontos de alerta e atenção na pauta empresarial: o câmbio; os juros; a carga tributária e o ressarcimento dos créditos aos exportadores; a concorrência de artigos similares importados, especialmente da China ; e a burocracia da máquina estatal, que compromete os investimentos privados e públicos considerados necessários.

A reunião contou com 205 participantes, representando a indústria de fertilizantes, curtume, artefatos de couro, calçados, artefatos de borracha, metal-mecânica, máquinas e equipamentos, bens de capital sob encomenda, máquinas e implementos agrícolas, tabaco, química, petroquímica, plásticos, móveis, madeira, marcenaria, construção pesada, construção civil, mármores e granitos, extração mineral, vidros, material de transporte, informática, veículos, autopeças e reparação, siderurgia, indústria gráfica, setor farmacêutico, laticínios, têxtil, vestuário, material elétrico, biocombustíveis, gás e energia, indústria naval, papel, celulose e embalagens, e a cadeia produtiva do vinho.

Publicado quinta-feira, 8 de Abril de 2010 - 0h00