Você está aqui

Presidente da CNI diz que País precisa adotar plano consistente de descarbonização da economia

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu a adoção de um plano consistente para que o país reduza as emissões de gases de efeito estufa e, ao mesmo tempo, promova o crescimento sustentável do Brasil. Em discurso realizado na terça-feira para representações empresariais brasileiras – entre elas o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, que participa da comitiva brasileira à COP 27 –   e estrangeiras, parlamentares e autoridades, no Egito, o dirigente destacou que a CNI tem incentivado iniciativas empreendedoras e atuado junto ao governo para avançar na transição para uma economia de baixo carbono.

Para isso, estabeleceu uma estratégia nacional que se baseia em quatro pilares - transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação florestal. “A indústria brasileira, que sempre desempenhou um papel relevante no desenvolvimento do País, é essencial para ampliar os investimentos em tecnologias limpas, criar soluções voltadas à consolidação de uma economia de baixo carbono e criar empregos de qualidade”, disse, destacando que as propostas para essas áreas vêm sendo amplamente discutidas com o setor produtivo, com os governantes e com representantes de outros segmentos da sociedade. “A expectativa da indústria é que as sugestões sejam consideradas nos projetos do governo eleito, ajudando o país a superar as adversidades e a avançar nos próximos quatro anos”, destacou.

O encontro Diálogo Empresarial para uma Economia de Baixo Carbono acontece em paralelo à programação da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, a COP27. O objetivo do evento, promovido em parceria com a Câmara de Comércio Internacional (ICC, na sigla em inglês), é discutir as oportunidades de negócios e de investimentos voltados à descarbonização da economia brasileira. Participaram da abertura o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, o ministro do Tribunal de Contas da União, Benjamin Zymler, e o presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Osmar Chohfi.

Pacheco destacou a importância dos pilares sobre os quais estão apoiados a estratégia da indústria para descarbonizar a economia e apontou que o desmatamento ilegal tem prejudicado a imagem do Brasil no exterior, com impacto sobre a atração de investimentos externos.

Entre as principais vantagens do país estão o potencial para ampliar a capacidade de geração de energia limpa e a competitividade brasileira em temos de produção de alimentos. Para que consiga elevar ainda mais o percentual de participação de fontes renováveis na matriz energética (que atualmente está em cerca de 45% e é uma das mais limpas do mundo), o País conta com a promissora produção de hidrogênio verde, o desenvolvimento de parques eólicos em alto-mar para produção de energia a partir da força do vento e o fortalecimento do programa de biocombustíveis.

A CNI está na COP27 para apresentar a estratégia de sustentabilidade do setor industrial, compartilhar iniciativas do setor produtivo que buscam reduzir as emissões de gases de efeito estufa e contribuir com as discussões para que o Brasil e o mundo avancem em direção a uma economia de baixo carbono. Nesta quarta-feira (16), a CNI realizará no pavilhão da COP o Brazilian Industry Day, para aprofundar o debate acerca dos quatro pilares de sustentabilidade da indústria e apresentação de experiências bem-sucedidas das empresas brasileiras. Acompanhe ao vivo, diretamente da COP27, pelo YouTube da CNI, a partir das 9h.

Robson Andrade e Omar Chohfi, assinaram termo para construção de agenda de trabalho conjunta para a COP28, que ocorrerá em Dubai, em 2023.

Publicado quarta-feira, 16 de Novembro de 2022 - 11h11