O Rio Grande do Sul se destaca por sua grande malha de hidrovias. Quando o tema é geração de energia elétrica por meio de hidrelétricas, portanto, é uma região bastante lembrada por seu potencial natural de exploração. A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) – por meio dos Conselhos de Infraestrutura (Coinfra) e de Inovação e Tecnologia (Citec) e do Instituto Senai de Tecnologia em Petróleo, Gás e Energia –, o governo do Estado e o Sebrae-RS reservaram um interessante espaço para o tema durante o I Fórum de Geração Distribuída de Energia com Fontes Renováveis no RS – Tecnologia e Inovação. A intenção é debater as oportunidades para Centrais Hidroelétricas de Pequeno Porte (CCHs). O evento será no dia 15 de agosto, na sede da FIERGS, na Avenida Assis Brasil, 8787, às 8h30min. As inscrições são gratuitas e com vagas limitadas. Podem ser realizadas pelo endereço https://goo.gl/kM1d1W, no qual se encontra também a programação completa do evento.
Para enquadramento nos benefícios da Geração Distribuída de Energia com Fontes Renováveis, segundo a regulamentação estabelecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), é preciso considerar as definições iniciais de “Microgeração Distribuída” e “Minigeração Distribuída”. A primeira significa uma central geradora de energia elétrica com potência instalada menor ou igual a 75 kW e que utilize cogeração qualificada ou fontes renováveis conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras. A segunda tem a mesma descrição técnica, porém com potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 3 MW para fontes hídricas ou menor ou igual a 5 MW para cogeração qualificada ou para as demais fontes renováveis de energia elétrica.
Como setor, a possibilidade de criação de novas empresas, startups, desenvolvimento de tecnologias locais e pesquisa junto às universidades, é enorme. No Rio Grande do Sul, a Associação Gaúcha de Fomento às Pequenas Centrais Hidrelétricas (AGPCH) divulga que entre as possibilidades de produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis, os rios devem ainda constar como opções existentes, mesmo que novas fontes, como eólica e biomassa estejam crescendo. Segundo a entidade, as CCH’s e as PCHs melhoram a qualidade ambiental e a paisagem no local de suas instalações.
Além disso, por meio de pesquisas de campo e do resgate arqueológico, os projetos podem disponibilizar para a população informações sobre os campos socioeconômicos, biológicos e físicos levantados por meio das pesquisas. Em muitos casos, os empreendedores colaboram para a recuperação da história e da cultura local. A AGPCH entende que os investimentos na área incentivam a participação em programas ambientais para a conscientização da sociedade quanto a importância da preservação ambiental.
Os esclarecimentos sobre os diferentes tipos de produção de energia que podem ser diretamente realizadas pelos consumidores serão o foco central do evento I Fórum de Geração Distribuída de Energia com Fontes Renováveis no RS - Tecnologia e Inovação na FIERGS. O objetivo é incentivar a ampliação dos investimentos na área, buscando a convergência entre uma legislação que estimule a produção, reduza os preços da energia, gere mais confiabilidade ao sistema elétrico e ganhos importantes na perspectiva ambiental.