Vendas externas não foram favoráveis no primeiro mês de 2007
O Rio Grande do Sul, que em dezembro de 2006 foi o terceiro Estado exportador do Brasil, caiu no ranking nacional para a quarta posição em janeiro deste ano. Ao comercializar no exterior US$ 858 milhões de dólares no primeiro mês de 2007, perdeu para São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (23/2) pelo presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paulo Tigre.
No comparativo dos últimos 12 meses, considerando exclusivamente o setor industrial gaúcho, houve um acréscimo de 9,5% nas exportações. Embora positivo, o desempenho ficou abaixo das vendas industriais brasileiras para outros países, que apresentaram crescimento de 16%.
De acordo com Paulo Tigre, "as perspectivas das exportações em dólares são boas para 2007, mas se baseiam no desempenho das vendas externas de grãos da safra gaúcha e não na comercialização internacional de produtos industriais. Portanto, precisamos de novo fôlego para melhorar os resultados do parque fabril rio-grandense".
EXPORTAÇÕES NO BRASIL - RANKING DOS ESTADOS
US$ milhões / Janeiro 2007
1º = São Paulo .....................................3.664
2º = Minas Gerais.................................1.468
3º = Rio de Janeiro.............................. 981
4º = Rio Grande do Sul......................... 858
5º = Paraná........................................... 658
6º = Pará............................................... 625
7º = Espírito Santo................................ 535
8º = Bahia.............................................. 507
9º = Santa Catarina............................... 384
10º = Mato Grosso................................ 256
Fonte : Secex / MDIC
Os Estados Unidos continuam sendo o principal destino das exportações do Rio Grande do Sul, com incremento de 28%, totalizando US$ 132 milhões em janeiro de 2007 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em segundo lugar vem a Argentina (26%), chegando a US$ 90 milhões, seguida pela Rússia (155%), que comprou no total US$ 47 milhões.
No primeiro mês deste ano, as importações tiveram crescimento de 16%, chegando a US$ 547 milhões de dólares de todas as compras. Os principais produtos foram combustíveis e lubrificantes, com incremento de 41%.