Você está aqui

Satisfação e motivação movem organizações nesta década

A tendência de mercado demandante, que deve seguir nesta década, está fazendo com que haja transformações importantes nas organizações. Os colaboradores agoram buscam não só motivação, mas também a satisfação no seu ambiente de trabalho. O diretor geral do Departamento de Recursos Humanos da USP e professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, Joel Dutra, iniciou assim sua palestra no 4º Meeting de Gestão de Pessoas, promovido pelo Sistema FIERGS, por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RS), realizado na manhã desta segunda-feira na FIERGS. O evento, que teve como tema "Liderança e Gestão de Carreiras: o caminho para o desenvolvimento das organizações", foi destinado a CEOs, diretores e executivos de Recursos Humanos.

Dutra também coordena o Programa de Gestão de Pessoas, que participa da elaboração das pesquisas Guia Exame Você S/A "As 150 Melhores Empresas para Você Trabalhar no Brasil" e "As Melhores Empresas para Começar a Carreira". Conforme ele, um dos desafios das organizações é saber lidar com a nova geração que está entrando no mercado de trabalho. "A geração X, que nasceu entre 1966 e 1985, deverá nesta década assumir as posições de liderança e deverá ter muitos problemas com essa nova geração", destaca. "Outra tendência é a diversidade etárea nas organizações. Os aposentados estão sendo chamados de volta e esta convivência pode ser muito benéfica", ressalta Dutra. Ele também lembra que há uma mudança comportamental e que as pessoas agora já são cobradas por questões não tangíveis. "Cada organização tem sua cultura e a forma de lidar com as pessoas passa por isto também", disse.

Alexandre Fialho, que falou sobre "Desenvolvimento de liderança − Muito além das competências individuais", é administrador e filósofo. Fialho afirma que os problemas nas atuais lideranças são a falta de criatividade e a dificuldade de lidar com a complexidade. Atual presidente da Korn/Ferry Consulting para a América Latina e Líder Global da prática de "Transformação Organizacional", ele defende que os líderes devem também ter características pré-cognitivas como inovação, pluralidade e inspiração. "Deve-se desenvolver líderes pensadores, além do consequencialismo. Que tenham propósitos e não apenas objetivos", concluiu.

Publicado segunda-feira, 23 de Julho de 2012 - 0h00