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Para melhor orientar e disseminar informações a empresários e a representantes de sindicatos, visto que o mês de maio concentra mais de 50% das negociações coletivas da indústria gaúcha, a FIERGS realizou, nesta terça-feira (5), um seminário reunindo dirigentes e executivos de sindicatos industriais, que debateram o tema junto com advogados, economistas e desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região. “É uma discussão bastante importante, nos preocupa o nível de desemprego que vem aumentando no País e as perspectivas piores. Além disso, temos uma série de dificuldades, os excessos de uma legislação antiga, toda uma estrutura que protege o empregado. Ninguém defende o empregador”, disse o presidente da FIERGS, Heitor José Müller.
 
Segundo o industrial, nenhum empresário gosta de dispensar funcionário, e só o faz em situações extremas. “Continuamos buscando uma Reforma Trabalhista. Precisamos nos adaptar aos novos tempos. Ou preparamos nossas leis para manter os bons empregos, ou vamos perdê-los”, alertou o industrial, que ainda destacou a dificuldade maior para gerar e manter empregos no Estado em virtude do Piso Regional que as indústrias são obrigadas a pagar.  “Não desistimos do nosso futuro e de colocar o Rio Grande do Sul como o melhor Estado para se produzir e trabalhar. A esperança é infinita”, afirmou Müller, em discurso no Seminário Negociações Coletivas 2016, realizado pelo Conselho de Relações do Trabalho e Previdência Social da FIERGS (Contrab).
 
O coordenador do Contrab, Paulo Vanzetto Garcia, também destacou que o cenário atual de crise no País obriga a repensar as relações trabalhistas. “Usar as leis ao extremo não é proteger o trabalhador, precisamos favorecer e incentivar as negociações coletivas”, destacou.
 
O vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, desembargador João Pedro Silvestrin, ao lado da colega desembargadora  Denise Pacheco, falou sobre o O Posicionamento e a Atual Jurisprudência do TRT da 4ª Região nos Julgamentos de Dissídios Coletivos. “O exercício de quem está hoje de negociador das empresas deixa de ser o de concessor para ser o de pedinte”, observou Silvestrin, em uma referência à crise econômica do País. “Hoje, na negociação, todos têm que ganhar”.
 
O seminário teve participação, ainda, dos advogados Edson Morais Garcez, Marco Antônio de Lima e Benoni Rossi, que fizeram uma retrospectiva do ano passado e projetaram 2016,  além de orientarem sobre negociações coletivas.
 
FOTO: Dudu Leal 
 
 
 
Publicado Terça-feira, 5 de Abril de 2016 - 17h17