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Vales do Rio Pardo e Taquari se unem para atrair novos investimentos e melhorar a infraestrutura

Entidades empresariais e industriais de 20 cidades das regiões dos Vales do Taquari e Rio Pardo se reuniram nessa quinta-feira (18), em Santa Cruz do Sul, na sede do Sinditabaco, para tratar de ações conjuntas pelo desenvolvimento da região. No encontro, promovido pela Federação e Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS/CIERGS), o presidente das entidades, Heitor José Müller, destacou a importância da articulação do setor empresarial, das prefeituras e dos políticos.

"A união é a chave para resolvermos os gargalos que afetam a competitividade das empresas e dos municípios. A mobilização dá força para as reivindicações junto aos poderes executivo e legislativo, além de promover a troca de ideias para propor soluções e novos projetos econômicos e sociais", argumentou o presidente da FIERGS. Müller lembrou ainda que fazer parcerias e associações, até mesmo entre concorrentes locais, por exemplo, pode diluir custos e dar condições de escala para exportações.

Os vice-presidentes regionais da FIERGS no Vale do Rio Pardo, Flavio Haas, e no Vale do Taquari, Egon Édio Hoerlle, também defenderam "o trabalho em rede" entre as regiões para atrair investimentos, principalmente na área de infraestrutura, e aproveitar as oportunidades do Polo Naval que está se instalando no Estado. "As diferenças podem ser superadas com diálogo e respeitando as peculiaridades de cada cidade", defendeu Hass.

Polo Naval - As novas oportunidades de negócios geradas pelo Polo Naval no Estado foram apresentadas na sede do Sinditabaco pelo vice-presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Aloísio Nóbrega. "No panorama da indústria oceânica brasileira, o Rio Grande do Sul tem muitas vantagens competitivas apesar de não haver aqui extração de petróleo e gás. Entre elas, estão uma tradição industrial sólida, mão de obra qualificada e uma posição geográfica estratégica, com várias hidrovias", relatou.

As regiões de Rio Pardo e Taquari, segundo ele, onde há uma hidrovia de 186 quilômetros e calado de 2,5 metros, poderão fornecer equipamentos e estruturas para os grandes módulos fabricados em Charqueadas, onde o calado é de 4,5 metros e abastecerá os estaleiros de Rio Grande e São José do Norte. "Em parceria com a FIERGS, fizemos um estudo para desenvolvimento de fornecedores. As maiores oportunidades estão nas áreas metal-mecânica, eletroeletrônica, equipamentos e automação", listou. Conforme o vice-presidente da AGDI, o objetivo "é espalhar a indústria naval gaúcha pelas hidrovias do Estado, realizando, dessa forma, a sua descentralização".

Publicado quinta-feira, 18 de Outubro de 2012 - 0h00