Prever a demanda e detalhar o potencial de geração de energia para os próximos 10 anos é o objetivo do Plano Energético do Rio Grande do Sul, que começa a ser desenhado pela Secretaria de Minas e Energia do Estado. O projeto havia sido anunciado durante reunião realizada na sede da FIERGS, em fevereiro deste ano. O secretário da pasta, Lucas Redecker, esteve com o presidente da entidade, Heitor José Müller, nesta quarta-feira, para apresentar a fase em que o projeto se encontra e solicitar o apoio da entidade. “Temos informações sobre a necessidade de energia do setor produtivo no Estado e vamos contribuir, principalmente, por se tratar de um plano de Estado e de longo prazo, e não um planejamento que se encerra no atual governo”, comentou Müller.
O secretário destacou saber que as necessidades são diferentes, de acordo com o setor em cada região, seja moveleiro, calçadista, ou da agroindústria. “O que precisamos é compilar isso com o nosso plano energético”, afirmou Redecker, ao informar que outras entidades também vão contribuir neste sentido. Segundo ele, o projeto está em fase de levantamento de informações e debates. A previsão é de que até o início de 2016 o plano esteja pronto. A ideia é encaminhá-lo aos órgãos competentes, para que haja zoneamentos prévios, bem como um trabalho junto às concessionárias e cooperativas de energia elétrica para que as demandas futuras do Estado sejam atendidas.
Também foi abordada a necessidade de padronização dos processos e as exigências de licenciamento ambiental do Estado. De acordo com o secretário, o governo está trabalhando para criar um regramento que sirva de base para as decisões. Hoje, somente entre as pequenas centrais hidrelétricas há 125 projetos que aguardam licenciamento ambiental. Outro assunto foram as energias alternativas, como o gás biometano, o carvão e a energia solar – na qual temos potencial próximo ao de países europeus que já a utilizam.
