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Cenário econômico afeta as negociações coletivas

Especialistas abordaram as questões que envolvem as Negociações Coletivas 2013, tais como legislação e cenário econômico. O evento foi realizado Conselho de Relações do Trabalho e Previdência Social (Contrab) da FIERGS, nesta quinta-feira (11).

Entre as preocupações do setor industrial está o piso regional, cujo reajuste em 2013 foi maior do que o salário mínimo nacional. Em 2010, por exemplo, a diferença entre eles era de 7,2%, mas hoje chega a 13,6%. "Os avanços salariais sem a contrapartida de uma maior produtividade têm minado a competitividade do setor produtivo gaúcho", afirmou o coordenador do Contrab, César Codorniz.

O processo de desaceleração da economia gaúcha, observado desde o final de 2010, foi intensificado pela seca do ano passado, que fez o PIB de 2012 fechar em -1,8%. O resultado foi puxado pelos recuos de -27,6% da agropecuária e de -2,3% da indústria, que teve os seguintes indicadores negativos: compras industriais de matéria-prima e insumos (-6,6%), horas trabalhadas na produção (-2,6%), emprego (-1,6%), utilização da capacidade instalada (-0,8%) e faturamento real (-0,5%). Apenas a massa real de salários aumentou (5,9%). "As desonerações promovidas pelo governo federal, como a da folha de pagamentos, apenas evitaram uma catástrofe maior", salientou Codorniz.

Publicado quinta-feira, 11 de Abril de 2013 - 0h00