Você está aqui

Eleição de Obama não deve ser empecilho para energias renováveis brasileiras

Avaliações são da Petrobras Biocombustível e da Ubrabio

Tanto para o diretor de Desenvolvimento Agrícola Suprimento e Comercialização da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, como para o presidente da União Brasileira de Biodiesel (Ubrabio), Odacir Klein, a eleição de Barack Obama para presidente dos Estados Unidos não será empecilho para o avanço do desenvolvimento das energias renováveis brasileiras e sua inserção no mercado internacional. Ambos palestraram na manhã de ontem no Simpósio Estadual de Agroenergia e na 2ª Reunião Técnica Anual de Agroenergia-RS. O evento foi promovido pela Embrapa Clima Temperado, em parceria com a Emater/RS/Ascar, Fepagro e o Sistema FIERGS com o dia reservado para os debates políticos em torno do setor.

Apesar das declarações positivas e a sinalização mundial de aumento da demanda por energias renováveis, especialmente na Ásia, Europa e Estados Unidos, ambos alertam que o momento é de atenção para a continuidade do sucesso das iniciativas brasileiras no setor. "Estamos acompanhando o resultado e o posicionamento de Obama como presidente, mas nesse momento também definindo um conjunto importante de investimentos na área do etanol para participarmos de forma associada com outros empreendedores nacionais e também grupos inseridos no mercado internacional", afirmou Rossetto.

A Petrobras Biocombustível é uma subsidiária integral da Petrobras SA. Teve sua constituição definida em março e juridicamente em julho deste ano. De acordo com Rossetto, possui atualmente três ativos industriais: em Candeias na Bahia (em operação); em Quixadá no Ceará (em fase de pré-operação) e em Montes Claros, em Minas Gerais, prevista para iniciar as atividades neste mês. "Os Estados Unidos estão construindo um programa forte de energias renováveis, por meio da sua Força Aérea. Tratam como uma questão de segurança e soberania nacional. Por razões distintas, o Brasil construiu um programa consolidado do etanol que responde hoje a uma nova conjuntura energética global e estamos na vanguarda mundial em eficiência e produção", destaca Rossetto.

Por outro lado, para Klein, o programa de energias renováveis dos Estados Unidos tem como maior finalidade proteger o produtor de milho. "Eu estou convencido disso, caso contrário eles teriam que estar pagando para não produzir o cereal", defende. A Ubrabio, com sede em Brasília, iniciou suas atividades no ano passado. Congrega produtores de biodiesel e de matérias-primas, fornecedores de equipamentos e empresas de tecnologia e serviços ligados a esse produto.

Publicado sexta-feira, 7 de Novembro de 2008 - 0h00