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Para FIERGS, salário regional ameaça emprego

A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) alerta que o impacto do salário gaúcho eleva os custos da economia diante de outros Estados que não têm o piso regional. Assim, conforme Tigre, mais produtos vão entrar no mercado local vindos de fora, afetando negativamente todas as atividades, com repercussão no nível de emprego. "Ou seja, vamos criar empregos em outras regiões do Brasil onde não há esse piso regional superior ao salário mínimo nacional", afirmou.

O presidente da FIERGS lembra que apesar da indústria gaúcha ter iniciado uma trajetória de recuperação nos últimos três meses, os índices de desempenho ainda estão muito abaixo do período pré-crise internacional. O emprego, por exemplo, continua longe de apresentar índices satisfatórios. Em janeiro deve uma queda de 3,1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando havia 20 mil pessoas a mais empregadas no setor. "Por isto, o pedido de 14% de reajuste feito pelas centrais sindicais é absurdo e negativo para economia do Rio Grande do Sul", afirma Tigre.

As negociações entre os sindicatos patronais e de trabalhadores, explica o industrial, estão na faixa de 4,6% e as previsões indicam que em todo o ano de 2010, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de cada 12 meses, será sempre inferior a 5%. "A proposta das centrais sindicais é quase três vezes superior a esse patamar", alerta Tigre.

Publicado segunda-feira, 15 de Março de 2010 - 0h00